Projeto Nuclear Brasileiro Angra 1

Datas 15/08/2024.

Usina de geração de energia nuclear de Angra dos Reis, no Brasil.

Local: Angra dos Reis.

Angra dos Reis é um município localizado no sul do estado brasileiro do Rio de Janeiro. 

A cidade está localizada à beira-mar e inclui em seu território diversas ilhas offshore, sendo a maior a Ilha Grande. Gaspar de Lemos, navegador e comandante da frota naval portuguesa, desembarcou na no dia 6 de janeiro de 1502, um "Dia de Reis", ou seja, o "Día de Reis".

Consequentemente, o local recebeu o nome de "Angra dos Reis", que significa "Riacho dos Reis" ou, vagamente, "Âncora dos Reis".

Desenvolvimento.

A usina fica próxima à costa do Oceano Atlântico Sul e tem boas conexões com rodovias. Governador Mário Covas.

Angra 1

O porto possui um terminal petrolífero, bem como instalações de construção naval (Keppel Fels, antiga Verolme).

As usinas nucleares do Brasil, Angra I e Angra II, estão localizadas nas proximidades. Empregam 3 mil pessoas e geram outros 10 mil empregos indiretos no estado do Rio de Janeiro.

É composto por 2 reatores PWR de 1.884 MW no total e um em construção de 1.245 MW de concepção semelhante ao segundo.

(PWR): Angra 1, com potência líquida de 626 MWe, que foi a primeira a ser conectada à rede em 1982, e Angra 2, com potência líquida de 1.350 MWe, conectada em 2000.

Desde 1985, quando a usina Angra 1 entrou em operação comercial, até 2005, a produção acumulada de energia das usinas nucleares Angra 1 e 2 foi de 100 mil GWh, o que equivale à produção anual da hidrelétrica Itaipú Binacional, na divisa entre Brasil e Paraguai.

Angra 2

Angra 2 iniciou operação comercial em 2001, é uma planta do tipo PWR – Reator de Água Pressurizada, com núcleo resfriado por água leve desmineralizada. Foi fornecido pela Siemens - KWU da Alemanha, no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha e é operado pela Eletronuclear. Com potência nominal de 1.350 MW (aproximadamente 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro), até 2020 atingiu a produção total de 200 milhões de MWh desde o seu início de operação.

Angra 3

Angra 3 está em fase de instalação, com reator de água pressurizada de 1.350 MW. Após a paralisação de sua construção, foi anunciada a retomada do desenvolvimento a partir de 2008. Aproximadamente 60-70% dos materiais para a construção desta central nuclear já foram adquiridos juntamente com a compra de materiais de Angra 2.

Os equipamentos permanecem no local, foram gastos 600 milhões de reais na fase inicial (750 milhões de reais em valores de 1999) e foram projetados mais 8,4 bilhões de reais (4,5 bilhões de reais), dos quais 70% serão comprados nacionalmente.

As obras de conclusão de Angra 3 estavam incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas ainda não foram concluídas porque foram interrompidas em 2015 por suspeitas de corrupção.

Até 2019, cerca de 67% das obras foram concluídas e o governo brasileiro investiu 9 bilhões de reais no projeto, e agora o governo estuda um modelo de parceria com a iniciativa privada para colocar a usina em operação em 2026.

O Brasil possui dois reatores, Angra 1 e Angra 2, que geram cerca de 3% da eletricidade do país. As obras do projeto Angra 3, que contará com um reator de água pressurizada Siemens/KWU de 1.405 MW, começaram em 1984, mas foram suspensas dois anos depois, antes do início da construção.

Estrutura foi ressurgida em 2006, com a primeira concretização em 2010. Mas, no meio de uma investigação de corrupção em contratos governamentais, a construção da unidade foi interrompida pela segunda vez em 2015, quando estava 65% concluída.

Foi retomada novamente em novembro de 2022: no momento da revitalização do projeto, a meta da Eletronuclear era iniciar as operações no final de 2026. 

Porém, as obras foram novamente paralisadas em abril de 2023 após disputas com a prefeitura de Angra dos Reis por acordos relacionados a pagamentos de “compensações ambientais” e também alterações relacionadas ao alvará de construção concedido.

Quase dois terços das obras civis do projeto Angra 3 já foram concluídas e a Eletronuclear busca um parceiro para concluir o projeto.

Resumo.

Proposta de desenvolvimento do projeto foi finalizada por meio de licitação internacional em 1970.

As obras do local foram iniciadas em 1972 e a unidade Angra 1 entrou em operação comercial em 1985.

Estruturação da unidade Angra 2 começou em 1981, mas foi interrompida em 1986 devido à crise econômica. 

Construção foi retomada em 1994 e o comissionamento de Angra-2 ocorreu em 2001.

As obras de escavação do projeto Angra 3 começaram em 1976, mas foram interrompidas em 1986 devido a problemas financeiros. A Comissão Nacional de Energia Nuclear concedeu licença para a construção de Angra 3 em maio de 2010 e a construção teve início no mês seguinte.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 14,9 bilhões (US$ 2,5 bilhões) de financiamento para o projeto Angra 3 em janeiro de 2011. A construção foi novamente interrompida em 2014 devido a irregularidades nos contratos nele adjudicados.

Em junho de 2020, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Brasil aprovou um plano para concluir o projeto Angra 3. O investimento deverá agora atingir 17 bilhões de reais (US$ 3,2 bilhões).

Quase dois terços das obras civis do projeto Angra 3 já foram concluídas e a Eletronuclear busca um parceiro para concluir o projeto.